quarta-feira, 6 de julho de 2011

COMO TUDO COMEÇOU...

AS PRIMEIRAS REVELAÇÕES
Olhe a cidade!
Escrevo esse livro enquanto minha esposa e eu começamos a fazer as malas e a nos preparar para embalar nossas coisas a fim de nos mudarmos para uma cidade do interior de São Paulo distante cerca de 120 quilômetros da capital.Tínhamos sido convidados pelos tios de minha esposa para almoçarmos juntos pela ocasião do último natal. Iríamos de carona com minha cunhada e seu marido. Saímos no dia 25 de Dezembro, pela manhã bem cedo e ao nos aproximarmos da cidade, eles se distraíram e perderam a saída que desejavam pegar e tiveram que sair da estrada por uma outra vicinal, sendo obrigado a atravessar toda a cidade. Vi que eles ficaram muito impacientes pelo ocorrido, mas logo se conformaram com aquela situação que mais parecia obra de puro acaso. SÓ PARECIA! Quando o veículo saiu daquela estrada vicinal adentrando pelas ruas da cidade, uma voz doce e suave porém firme ecoou em meu peito dizendo: - Quero que observe atentamente essa cidade, pois é para onde pretendo em breve lhe trazer. Esse é o teu campo missionário. Lembro-me perfeitamente que por dentro eu chorava muito, sem poder derramar uma lágrima, pois as pessoas poderiam pensar que eu não estava me sentindo bem e por outro lado eu não podia dizer-lhes a verdade, pois eu mesmo ainda estava um tanto quanto perplexo. Só consegui comentar com minha esposa no dia seguinte. De lá até o dia de hoje, foram inúmeras revelações e confirmações dadas a mim e à ela, algumas vezes por intermédio de sonhos, outras pela palavra ministrada nos cultos em nossa igreja, outras ainda pela palavra ministrada nos devocionais que fazermos todas as manhãs. Desta maneira a cidade de Tatuí não saiu de nossas mentes e corações. Não houve um só dia que não tivéssemos orado pela igreja e também pelo povo que ali encontraremos.
O sonho!
Dia trinta de dezembro de 2007, tive um sonho que chamou muito a minha atenção. Sonhei que estava sobre umas águas e olhando à minha esquerda eu avistava uma fonte que jorrava muito lentamente. Quando olhei e vi do meu lado direito um anjo, com o qual me comunicava apenas com sinais, não falávamos um ao outro. Fiz-lhe sinais com as mãos, como quem estava muito impaciente e afoito indagando por que tanta lentidão, vendo aquela fonte que na verdade nem jorrava água, apenas subiam pequenas ondas que iam se dispersando em círculos. Sua resposta também veio em gestos. Fez-me sinal para que me acalmasse enquanto estendia sua mão direita como quem mostra algo um pouco mais distante. Quando olhei acompanhando sua mão, vi muita água, muita água, sumia no horizonte. Simultaneamente ele sorria como quem dizia: - Veja, essa fonte jorra lentamente, mas nunca deixa de jorrar. Nesse ponto acordei. Como já disse, minha esposa e eu fazemos todas as manhãs nosso devocional como oferta de amor, e como de costume comentamos nossos sonhos um com o outro. Enquanto lhe contava sobre esse sonho, novamente aquela voz doce, suave e firme ecoou em meu peito: - Essa fonte nada mais é do que a igreja de Tatuí que vai crescer lentamente, mas será muito, muito, muito grande.
A palavra!
Nesse mesmo dia 30 de dezembro, logo após nosso devocional preparamos-nos para ir à igreja, pois gostamos de ir aos cultos pela manhã, é muito pessoal, mas gostamos de oferecer as nossas manhãs de domingo ao Senhor. No momento da palavra, o apóstolo anuncia que por revelação de Deus o ano de 2008 será o "ANO DA CONQUISTA" tomando como texto bíblico Josué 1:1-9. Nesse ponto, olhei para minha esposa e vi que as lágrimas saltavam de seus olhos, pois, como se sabe esse texto narra as promessas de tomada de posse da terra que manava leite e mel, tão sonhada e esperada pelo povo de Israel. Cada palavra daquela leitura se encaixava com a nossa chamada missionária. E também havia naquele culto uma atmosfera celestial. Quando o apóstolo ministrava essa palavra o Espírito do Senhor o conduziu ao versículo 4 do Salmo 46 que diz que "há um rio cujas correntes alegram a cidade do nosso Deus". Ao dizer essas palavras em sua ministração o Espírito do Senhor o leva a dizer: - Rio significa igreja. Nesse ponto, peguei uma carona com minha esposa e chorei muitíssimo. Na verdade, naquele dia saímos os dois daquele culto com os olhos muito avermelhados pelo muito que choramos. É preciso registrar que choramos de alegria, pois ficamos felizes por ver que o Senhor nos teve por fiéis nos chamando para missões. Ao mesmo tempo estamos cientes da responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros. Estou perto de completar cinquenta anos e a julgar pelo tamanho da obra de Deus naquele lugar, acho que ficaremos por lá até o Senhor me levar com Ele ou senão até o arrebatamento da igreja. Mas estou convencido de que é lá o nosso lugar, é lá a  nossa missão.
(trecho retirado do livro Orando por Missões - Pastor Oliveira)